Equipes do Gate estão na agência neste domingo (14). Ataque ocorreu no último dia 8 de abril. Criminosos realizaram disparos contra PMs na ação e levaram R$ 200 mil da agência.
Sete dias após o ataque com explosivos que destruiu uma agência bancária no Centro de São Pedro (SP), trabalhadores que faziam a reforma e limpeza dos escombros encontraram um outro artefato no local, de acordo com informações da Polícia Civil neste domingo (14). A emulsão explosiva foi achada por um pedreiro no fundo da agência, enterrado entre os entulhos, conforme apuração da EPTV, afiliada da Globo para Piracicaba e região.
Equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar (PM) do Estado de São Paulo estão na agência bancária na tarde deste domingo. Foi feita a desativação do explosivo e material levado para perícia.
O ataque ocorreu na madrugada do último dia 8 de abril. Os criminosos utilizaram quatro veículos para bloquear ruas das imediações. Os suspeitos levaram cerca de R$ 200 mil durante o ataque à agência bancária.
A quadrilha também trocou tiros com a polícia durante a ação e abandonou R$ 275 na fuga.
Ataque
A seguir, a partir de informações da Polícia Militar, entenda como foi a ação criminosa e como a PM atuou no caso:
Carros bloqueando vias
Segundo informações do Boletim de Ocorrência Policial Militar (BOPM) registrado às 3h06, a equipe de monitoramento municipal alertou a base da 3ª Companhia da Polícia Militar sobre a presença de quatro veículos bloqueando as ruas próximas ao banco. Além disso, relataram a presença de seis indivíduos armados com fuzis.
Imediatamente, o Comando de Grupo Patrulha (CGP) 3 comunicou a situação à rede de rádio da PM e aguardou apoio próximo a um estabelecimento comercial conhecido pelas equipes de serviço. Enquanto isso, viaturas foram posicionadas estrategicamente para fornecer informações sobre a movimentação dos suspeitos.
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Tiros contra policiais
A situação se intensificou quando a equipe do CGP 3, acompanhada por uma viatura, realizava uma patrulha pela Rua Horácio Ramos. Ao adentrar a Rua Antônio Teixeira de Barros, os indivíduos armados abriram fogo contra a equipe, obrigando-os a buscar abrigo imediato.
Em meio ao confronto, foram identificados dois veículos envolvidos, um Hyundai Azera prata e um SUV escuro, que se afastaram do local minutos após o início do tiroteio, segundo informações do monitoramento da cidade.
Tiros em Brotas e dinheiro apreendido
Depois, relatos de disparos próximos à Usina Raízen, em Brotas, mobilizaram as autoridades, mas nada foi encontrado após intensa busca pelas imediações.
A perícia foi acionada, apreendendo R$ 275 em espécie encontrados dentro da agência destruída. As armas utilizadas pela PM no confronto, um fuzil IA2 calibre 5,56 e uma calibre 12 Benelli, também foram apreendidas pela Polícia Civil.
Explosivos desarmados e busca por digitais
Devido a existência de artefatos suspeitos ainda no interior da agência, o policiamento de área acionou também o apoio do policiamento especializado – Choque. Uma equipe de explosivistas recolheu e desarmou uma quantidade significativa de material explosivo no interior da agência, que também foi encaminhada à perícia, para a coleta de digitais e DNA.
Na delegacia de polícia, o delegado elaborou um boletim de ocorrência por homicídio tentado, roubo consumado, associação criminosa e localização e apreensão de objetos.
As autoridades prosseguem com as buscas e investigações para identificar e capturar os envolvidos no crime.
Câmeras flagraram ataque
Imagens das câmeras de segurança cedidas à EPTV, afiliada da TV Globo, mostram quando um dos automóveis para na esquina da agência do Banco do Brasil.
Quatro homens descem do veículo e três deles vão para dentro da unidade, enquanto o outro, espera na rua, armado.
A movimentação continua. Os homens saem e volta para a agência. Depois de alguns minutos, todos saem novamente.
Alguns integrantes da quadrilha se protegem atrás do carro enquanto uma nuvem de poeira denuncia a explosão provocada na agência bancária.
Após a explosão, a quadrilha volta para o banco mais uma vez. A partir da chegada, leva cerca de meia hora até o grupo voltar para o carro pela última vez e fugirem do local com uma quantia de dinheiro ainda não especificada pela PM. Até a publicação desta reportagem, ninguém havia sido preso.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), batalhões de cidades próximas e o Helicóptero Águia foram acionados para tentar localizar os seis criminosos. A ocorrência será apresentada na Deic de Piracicaba (SP).
O que diz o BB
O Banco do Brasil (BB) informou, em nota, que colabora com as investigações policiais e atua para regularizar o atendimento “no menor tempo possível em casos deste tipo”.
A orientação é que clientes e usuários da agência afetada usem o atendimento via aplicativo ou recorram às agências próximas.
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Fonte: G1 Piracicaba e Região
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